A Fases do Luto - Modelo de Kübler-Ross
Nem sempre as coisas acontecem como nós esperamos, mas uma coisa é certa: tudo o que é vivo, morre! E com esta frase, te convido a ler este artigo no qual falo um pouco sobre a partida do meu querido avô e aproveito para te trazer a reflexão sobre o modelo de Kübler-Ross, das fases do luto.
Cezar Nascimento
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Na sexta-feira, dia cinco de julho de dois mil e vinte e quatro, depois de noventa e três anos e nove meses de vida, meu avô nos deixou. Às cinco e vinte da manhã de um dia frio, assim como ele veio, se foi desse mundo.
O seu Belmiro era o típico avô de filmes e novelas. Um senhor baixinho, bondoso e sempre com os bolsos cheios de balas para as crianças. Durante esses pouco mais de trinta e cinco anos em que estivemos juntos, eu nunca o vi reclamar ou estar de mau humor. Era como se o mundo onde ele vivia fosse diferente do nosso, sabe?
Às vezes, quando chegávamos lá na casa dele e não tinha balas para dar, ele pegava umas moedinhas na carteira e falava para irmos no boteco da rua da de baixo comprar um doce, ou na casa da vizinha comprar um juju (aqueles sorvetes embalados no saquinho plástico, que em cada cidade tem um nome diferente).
Quantas boas lembranças o seu Bermirinho – como era chamado – nos deixou.
Homem honrado e batalhador, junto com a minha avó, trabalhou muito para criar os nove filhos, e seguiu trabalhando até seus mais de oitenta anos. Coisa inimaginável para as gerações atuais.
A partida do meu avô me fez refletir muito sobre as fases do luto, proposta pela psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross, no que ficou conhecido como o modelo de Kübler-Ross.
Para quem não conhece, o modelo de Kübler-Ross define cinco fases do luto, às quais a maioria das pessoas passa. São elas a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação, nesta ordem.
Não vou me aprofundar nestas fases, mas se você se interessar em saber mais sobre o assunto, pesquise sobre o modelo de Kübler-Ross, então as fases do luto. Há muito material interessante sobre o assunto, na rede.
O ponto que me chamou a atenção é que essas fases do luto não servem apenas para perdas de entes queridos, mas também para diversas situações de perda onde parece que não há mais solução.
A perda de um emprego, o fim de um relacionamento. Até mesmo uma catástrofe, como a que atingiu tantas famílias lá no Rio Grande do Sul, esse ano. Podemos encaixar o modelo de Kübler-Ross em cada uma dessas situações, com maior ou menor intensidade.
O tempo que cada um leva para superar as fases varia, mas uma coisa com certeza é certa: se você não se conhecer e não tiver estabilidade emocional para suportar a pressão, com certeza sofrerá mais tempo do que o necessário, e talvez carregue sequelas que não precisariam ser carregadas.
Autoconhecimento, disciplina e serenidade para lidar com a situação são fundamentais para que você supere o mais breve possível. É fácil? Bem longe disso! Mas com certeza será menos doloroso se você já estiver familiarizado antes que a perca aconteça.
Compartilha esse texto com alguém querido. Tenho certeza que essas palavras serão úteis em algum momento, pois como eu digo na descrição deste artigo - e parafraseando o mestre Ariano Suassuna - tudo o que é vivo morre.
Bora voar! 🦉